quarta-feira, 9 de setembro de 2015

O 194º post - As paredes continuam as mesmas.

Eu não preciso dizer que eu te avisei, não é?
A gente sabe o que acontece quando tudo é arte
Mas não, não estou cantando vitória
Mês que vem vai ser eu, eu sei

Eu também não vou ter estrelas em outubro
E a máquina de expresso nunca funcionou
Vou precisar de mais uns três cafés
Pra segurar a pose de que não preciso de  ninguém

Pode deixar, tu não precisa me devolver nada
Eu nunca te pedi nem explicações
Tu não precisa vir aqui e fingir que se importa
E eu não preciso de desculpas para meus atrasos

E agora eu carrego sempre um caderninho comigo
As flores dentro dele não tem cheiro
Eu devia tentar a aprender a desenhar
Quiçá dançar, ser artista, sei lá

"Na dança dos dias quem manda somos nós"

Me desculpa, mas eu só sei arriscar uma valsa
Daquelas bem lentas e com passos simples
Eu sempre me desequilibro nesse seu samba
E você não quer inventar aquele nosso tango

Meus demônios continuam rodando por aí
Sempre sorrindo e me oferecendo drinks
Quando eu só quero um café bem forte
Com o anjo que me mandou escrever

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