E até daria pra dizer que esse foi um daqueles dias atípicos, que a gente já acordou se sentindo de uma forma não tão costumeira assim. Um daqueles dias atípicos com diversas nuances de rotina. A preguiça pra levantar, as obrigações jogando água na sua cara logo pela manhã, o sonho esquisito da noite anterior, que na verdade não é mais que um reflexo daquela mesma insegurança que perdurou desde o início da semana.
Pular da cama. Aguentar alguns olhares de reprovação. "Como é que você sai de casa assim? Já passou da hora de se recompor." e aquele "Vê se não morre, você ainda é jovem" de ontem. Okay, isso não foi tão incomum assim. Talvez seja só um dia normal, daqueles que eu vou tentar procrastinar e torcer pra passar rápido, sei lá, pelo menos as próximas duas semanas.
Passar o café o mais forte possível, preparar um prato bonito pra uma pessoa só. E meus vegetais sempre acabam rápido demais.
É, aquela música de ontem não era tão bonita quanto eu me lembrava. "Desconstruções do amor". Cansei de cantar. Cansei de tocar. Bufalo, "cansei de cantar pra você".
Hoje foi um dia atípico, eu até criei coragem pra arrumar a casa. Mas como você pode ver, esse lugar continua uma bagunça. Mas até que hoje parecia que ia ser um dia de mudanças, mas foi só um dia daqueles que a gente respondeu duas das cinquenta mensagens que recebeu.
Eu tenho a sensação que eu estou vivendo (ou tentando viver) coisas que não são reais. Não, isso não é nada atípico. Coloca mais um item na lista. Acende um incenso. A gente podia se encontrar, né?
"Ontem a chuva veio me fazer perceber que meu edredon agora fica tão grande sem você."
Hoje poderia ter sido um dia atípico, mas no fim das contas foi um daqueles dias de obrigações, preguiça, vazio e tarefas que eu não pude (ou não quis) concluir. Hoje foi um dia de sentimentos de atípicos.
Hoje não foi meu dia... típico de mim.
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