segunda-feira, 16 de março de 2015

O 185º post - Talvez eu tenha entendido tudo errado.

O estranho é que eu tenho a impressão
De que essas paredes sempre estiveram mais afastadas
De que esse chão já teve menos escombros
E de que esse teto estava longe de desabar

E os cartazes que eu colei pra te procurar
Foram pro chão tão rápido
Que eu não tive nem tempo de rabiscar as suas fotos
E fazer piada de tudo isso

Indo direto ao ponto:
Você nunca teve a opção de decidir
E eu nunca tive condições de mentir
Sobre o que penso e sinto

Nós poderíamos passar a noite inteira discutindo
Se a altura da queda seria boa ou ruim
Mas até lá a gente vai ver tudo isso desmoronar
E chegar à conclusão de que nada nunca importou

E aquele sorriso vai entrar pra história
Como mais um daqueles que virou lenda
E esse vai ser mais um dia
Daqueles que a gente não vai saber contar

Sobre saudades e gargantas fechadas
Sobre vícios e sobre a morte
Sobre os cafés que eu insisto em tomar
A abstinência nem é tão inédita assim

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