Tem dias que parece que a gente só nasceu pra apanhar
E se sente um daqueles coadjuvantes que sempre são tirados de cena
E vivem na expectativa de um episódio que seja sobre si
Nessa série sádica que é a vida.
A gente se acostuma, não é mesmo?
O desconforto do passo sempre torto
Do canto sempre desafinado
E dos recados na parede
Te lembrando que você não foi o bastante
Mas não chora, dançarino, não chora
É só a realidade e ela é feita pra doer
Não chora, dançarino, não chora
Quando descobrir que nessa vida tu não tá pra dançar
Deixa seu café pra lá
Se calma e vai se deitar
Não perde a conta dos carneirinhos
Que uma hora tu apaga e até parece esquecer
Até parece que passa, não é mesmo?
Nenhum comentário:
Postar um comentário