terça-feira, 13 de janeiro de 2015

O 181º post - Um textão pseudo-metalinguístico que não fala sobre nada

Essa podia ter sido uma daquelas histórias que começam com “Era uma vez e blablabla”, mas a verdade é que eu tenho esse péssimo hábito de procrastinar e acabei me esquecendo de escrever o primeiro capítulo, que eu me recuso a tentar rascunhar depois de tanto tempo (seja lá quanto for), uma vez que o que acontece já não está mais tão claros na minha memória e que eu não me sinto a vontade pra inventar histórias. Mas veja bem, isso não é de todo mal, todo mundo sabe que em uma trilogia (que dessa vez está fadada a ficar completa) a parte mais legal é sempre a segunda e ninguém conhece os personagens pra valer assim de cara.

Daí que em algum momento em algum lugar eu me encontrava em uma condição entre a agonia e desespero, da qual eu nem me dava conta, já que o cansaço que mal me deixava de ficar de pé ou sentir qualquer coisa. Uma rotina que consistia basicamente em dormir durante o dia, passar a noite em claro e durante o tempo vago pensar naquelas frases motivacionais que a gente sabe que as pessoas só escrevem pra vender livros e filmes. PMA batendo longe. Mas isso é papo do capítulo anterior, daquele que eu não me recordo tão bem.

E esse parágrafo eu apaguei e reescrevi pelo menos cinco vezes.

A verdade é que eu ainda não sei com que propósito eu peguei a caneta dessa vez. Eu sempre tive muito o que dizer, mas nunca me senti tão a vontade para falar uma palavra que seja, então eu sempre acabava escrevendo e expondo isso tudo em paredes, páginas e camisetas que ninguém nunca pararia pra ler, mas acontece que dessa vez eu me sinto a vontade até demais para falar, embora não tenha mais “aquela velha opinião formada sobre tudo”. E é aí que está o perigo: não na falta de opinião sobre certos assuntos, isso não impede que eu ainda tenha coisa pra caramba pra falar, mas em me sentir tão a vontade assim.

O capítulo 2 não diz muita coisa. Ele é intenso e ofegante demais pra se tornar um diário. Ele sabe bem onde está, mas dentro das minhas limitações e superstições sobre falar mais do que devia, me limito a dizer que ele está na região metropolitana, entre o Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo, sabe que se trata do ano de 2015 e da vida de um garoto não tão problemático ou interessante assim e todos que de alguma forma se relacionam com ele.

O capítulo 2 sabe bem onde quer chegar, carrega consigo uma penca de dúvidas e expectativas daquelas que eu sempre acho melhor me esquivar. O capítulo 2 promete tudo que o anterior teve preguiça ou incompetência demais para fazer, só que com um pouco mais maturidade ou do famoso “pé no chão”. O capítulo 2 é o começo do fim do que se resume a ansiedade. É o que vai dizer se a gente segue escrevendo ou se muda de livro.

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