quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O 126º post - Certas memórias são quase que atemporais.

Conveniência preferida e forçada.
Racionalismo egoísta e ilógico.
Crítica hipócrita a hipocrisia.
Hedonismo puro e disfarçado.

Quando eu era pequeno eu tinha o costume de ir pra praia, mas meu pai nunca me deixava me aventurar muito na água. Ele sempre dizia: "Aquele que acha que sabe nadar é sempre o primeiro a se afogar. Você tem que tomar cuidado, às vezes o mar te puxa e você nem percebe.". Eu já vi muita gente sendo puxada, e eu vejo cada vez mais. Teve uma vez até que eu fui puxado, mas foi coisa rápida, logo eu consegui voltar. Espero que eles voltem também.

Eu também não queria muito ficar na água, eu gostava mesmo é de ficar na areia, construindo meus mundos e castelos. Com o tempo, eu parei com os castelos e passei a ficar sentado, olhando as ondas, sentindo o vento. Só sentindo.

Hoje eu não quase não vou mais à praia. Moro do lado, vivo do lado, mas perdi o costume. Tem sujeira demais naquele lugar. E as pessoas ainda se banham como se não tivesse nada lá. Tem gente que gosta mesmo de se sujar. Enfim, nada disso é da minha conta. Existem praias e praias, ondas e ondas, cada um sabe pra onde vai. Cada alma se lava como quer.

Até que meu pai sabe o que fala de vez em quando. "Aquele que acha que sabe nadar é sempre o primeiro a se afogar. Você tem que tomar cuidado, às vezes o mar te puxa e você nem percebe.", cada vez isso faz mais sentido pra mim.

2 comentários:

Anônimo disse...

OI.

Graziele disse...

Eu sempre espero que eles voltem - não todos. Cada um sabe para onde vai, mas as vezes esquecem o caminho de volta, ou preferem não voltar. Sei lá. Pessoas mudam e suas prioridades também. As vezes é melhor assim, mas eu costumo dizer que "para sempre", pra mim, é o que ficou para trás. Então se de alguma forma eles foram especiais, ninguém vai tirar isso de você. Estou pensando para onde vou ainda, mas eu sempre volto. Eu sempre quero voltar. Ando meio distraída, como quem não quer nada, mas observo. Observo para saber onde eu posso pisar com firmeza. Acho que estou no caminho certo. Meio sem rumo, mas com a volta muito bem traçada. Que bom que você conseguiu voltar, posso ficar mais tranquila agora. Entendeu, né?